30.11.18

REPORTAGEM "O GLOBO"

Reportagem do jornal O Globo , falando sobre bicicleta, nosso Coordenador mauro Cezar de F. Ferreira, fala sobre o nosso projeto BIKE EDUCA.


"Educação é a ferramenta para ampliar e melhorar o Rio que pedala

Iniciativas como Bike Educa, para ensinar às crianças opção de transporte sustentável, difundem uso da bicicleta

                                                 Desde a base. Crianças aprendem brincando sobre as leis do trânsito 
                                                 e a necessidade de boa convivência nas vias entre pedestres, 
                                                 ciclistas e motoristas Foto: Júlio César Guimarães / Agência O GLOBO

RIO — O Rio ainda tem que pedalar um longo caminho para se tornar de fato uma cidade amiga das bicicletas. Os cerca de 400km de ciclovias e a fama de ter a maior malha cicloviária da América Latina não escondem a intolerância e o desrespeito no trânsito, responsáveis por tragédias como a do empresário Hélio Crespo, atropelado e morto há oito dias quando seguia de bicicleta pelo Recreio.


Dá para reagir? Organizações da sociedade, grupos de voluntariado e setores do poder público têm demonstrado que sim, pela aposta na educação para difundir a bicicleta como transporte sustentável.
— A gente não acha correto admitir que o trânsito se dá em ambiente hostil e nada fazer para mudar — diz Mauro Ferreira, coordenador de educação para o trânsito da CET-Rio. — O trânsito não é exclusivo do veículo motorizado. Damos às crianças noção de que bicicleta, como veículo, tem direito de ocupar espaço que muitos pensam ser só dos carros.
O Bike Educa, da CET-Rio, reproduz num circuito no Parque dos Patins, na Lagoa, situações cotidianas do trânsito. Pedalando, crianças recebem dicas de convivência democrática entre transeuntes, ciclistas e motoristas e aprendem que “o maior veículo é responsável pelo menor, e todos são responsáveis pelo pedestre", conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O Bike Educa recebe turmas de escolas, que se inscrevem para participar. O projeto oferece transporte e lanche para os alunos.
— Aqui eles vivenciam o que a gente conversa em sala, e o trabalho fica enriquecido — opina a professora Heloize de Matos, de uma escola municipal da Zona Norte.
Ensinar a pedalar é a missão do Bike Anjo, grupo de voluntários nascido em São Paulo, em 2010, que se espalhou por 250 cidades no Brasil e por mais cinco países. Para o grupo, bicicleta é “ferramenta de transformação social, e quanto mais gente (pedalando), melhor serão nossas cidades”.
— A ideia é colocar mais ciclistas nas ruas, e ter mais voluntários para essa missão de ensinar a quem nunca pedalou — conta Ana Carboni, ela mesma uma voluntária da causa.
Motivação igual tem José Lobo, da ONG Transporte Ativo, que, como sugere o nome, incentiva o uso de caminhadas e pedaladas como opção de deslocamento. Ele está na organização do Velo-city 2018, mais importante fórum mundial sobre bicicleta e mobilidade, que o Rio vai sediar em junho do ano que vem. Lobo defende a criação de mais ciclovias e ciclofaixas de qualidade para incentivar as viagens de bicicleta, que são hoje, segundo ele, de 3,5% na cidade.
— Quando se cria uma estrutura apropriada, o número de usuários dispara. Foi assim na ciclofaixa da Rua Figueiredo de Magalhães, em Copacabana. E o que dispara é o uso pelos mais frágeis: idosos, mulheres e crianças. Contamos ali aumento de 100% entre as mulheres e de 120% entre crianças em cadeirinhas — relata."
FONTE: https://oglobo.globo.com/rio/educacao-a-ferramenta-para-ampliar-melhorar-rio-que-pedala-21777692?fbclid=IwAR2i_o8K5_p6pu6-Xb4- 8nbP6e7UxYQga5nxCSXapcAA5W71qRBvpfrNsQ8#ixzz4rkaBrcvm


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